Ele chegou ao Brasiliense badalado. Após anos atuando na
base do Vasco, Romarinho conseguiu no Brasiliense seu primeiro contrato
profissional. Os mais otimistas se encheram de esperança por ver o filho do
peixe jogar. O próprio Romário se mostrou animado com a chance dada ao filho, e
inclusive compareceu a alguns jogos no Serejão.
Mas o tempo passou, Romário se irritou e conforme a
temporada seguia, Romarinho foi tendo cada vez menos oportunidades. No
Candangão, até jogou algumas vezes. A maioria delas vindo do banco. Já na Serie
C, o jovem praticamente não recebeu oportunidades, sendo preterido por nomes
como Moisés e Luquinhas, recém chegados ao clube.
Márcio Fernandes, Roberto Fonseca e Reinaldo Gueldini. Os
três optaram por não escalar Romarinho. Será que eles estavam corretos? Será
que o garoto ainda pode render no Brasiliense? Para responder isso, vamos
voltar ao Candangão.
Foi no estadual que o jovem disputou seu primeiro campeonato
profissional. Por mais que o Candango não seja um grande campeonato, jogar com
profissionais é diferente. Mesmo assim, Romarinho nunca sentiu a pressão. A
auto confiança do pai também se faz presente no filho e ele não se deixa abalar
pela pressão dos jogos e muito menos dos adversários.
Aqueles que viram os jogos do Ense em 2013 vão se lembrar de
como as defesas adversárias tentaram intimidar Romarinho. Eram faltas,
provocações, empurrões. O atacante chegou até mesmo a ser agredido por um
adversário no campeonato local. Mesmo assim, ele conseguiu boas atuações, fez
seu primeiro gol como profissional e conquistou seu primeiro titulo. E com uma
atuação decisiva. Romarinho foi decisivo em algumas partidas durante a
campanha.
Lembram quem saiu do banco para dar a vitória ao Brasiliense
no Mané Garrincha? Romarinho iniciou a jogada do segundo gol e marcou o
terceiro pra fechar a tampa do Brasília. Sim amigos, Romarinho DECIDIU o
Candangão contra um apático Luquinhas, que mais tarde chegaria ao Brasiliense
pra ser titular. Decidir um campeonato
diante de 20 mil pessoas, com a partida sendo transmitida para grande parte do
país e em seu primeiro ano como profissional é para poucos.
Romarinho teve um primeiro ano bom no Brasiliense. Por
isso, na minha modesta opinião valeria sim a pena segura-lo em Brasília. Obviamente
um jogador tão jovem ainda tem seus problemas. A finalização, por exemplo não é
como a do pai. Aliás, o próprio Romarinho não é. Diferente do centro-avante de área
que seu pai foi, o menino gosta mais de jogar pelos lados do campo.
Sei que dificilmente ele ficará no Brasiliense ano que
vem. Principalmente se o seu mentor, Fabio Braz for embora. Mas, ao meu ver,
Romarinho mostrou em sua primeira temporada que pode fazer parte da renovação
do Brasiliense. Basta receber mais oportunidades.



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